segunda-feira, 5 de novembro de 2018

180 - Natal

180 - Natal

"Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os
homens." - Lucas, 2:14.

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande
Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.
Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa-vontade para com os Homens.
O Pai Supremo legando a nova era de segurança e tranquilidade ao
mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes
para ferir ou destruir.
Nem castigo ao rico avarento.
Nem punição ao pobre desesperado.
Nem desprezo aos fracos.
Nem condenação aos pecadores.
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
Nem anátema contra o gentio inconsciente.
Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço
da Boa-Vontade.
A justiça do "olho por olho" e do "dente por dente" encontrara, enfim,
o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.
Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria,
assinalaram júbilo inexprimível...
Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.
O algoz seria digno de piedade.
O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.
Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos.
Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela
crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam
relegados ao abandono nos vales de imundície.
Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Natal! Boa Nova! Boa-Vontade!...
Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver
realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

terça-feira, 23 de outubro de 2018

127 - Humanidade Real

127 - Humanidade Real

"...Eis o Homem!" - Pilatos. (João, 19:5).

Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um
triunfador terrestre...
Nem banquete, nem púrpura.
Nem aplauso, nem flores.
Jesus achava-se diante da morte.
Terminava uma semana de terríveis flagelações.
Traído, não se rebelara.
Preso, exercera a paciência.
Humilhado, não se entregou a revides.
Esquecido, não se confiou à revolta.
Escarnecido, desculpara.
Açoitado, olvidou a ofensa.
Injustiçado, não se defendeu.
Sentenciado ao martírio, soube perdoar.
Crucificado, voltaria’ à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.
Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma:
- Eis o condenado, eis a vítima!
Diz simplesmente: - "Eis o Homem!"
Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza
espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.
Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente
nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier


domingo, 12 de agosto de 2018

"Pai nosso..." - Jesus. (Mateus, 6:9).

77 - Pai Nosso

"Pai nosso..." - Jesus. (Mateus, 6:9).

A grandeza da prece dominical nunca será devidamente
compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.
Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.
De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus,
ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós
todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.
É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos
impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se perca
no movimento ruinoso ou inútil.
O Espírito Universal do Pai há de presidir-nos o mais humilde esforço,
na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.
Em seguida, com um simples pronome possessivo,
o Mestre exalta a comunidade.
Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.
Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.
Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra
pertencem-nos, de algum modo.
Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.
A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.
O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade
menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e
falhas dos outros afetam-nos por dentro.
Quando entendemos semelhante realidade o "império do eu" passa a
incorporar-se por célula bendita à vida santificante.
Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente
seguros na oração.
Pai nosso... - disse Jesus para começar.
Pai do Universo... Nosso mundo...
Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que
nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples
repetição do "eu quero", invariavelmente cheio de desejos,
mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

sexta-feira, 8 de junho de 2018

177 - Riqueza Para o Céu

177 - Riqueza Para o Céu

“Ajuntai tesouros no céu...” - Jesus. (Mateus, 6:20).

Quem se aflige indebitamente, ao ver o triunfo e a prosperidade de
muitos homens impiedosos e egoístas, no fundo dá mostras de
inveja, revolta, ambição e desesperança. É preciso que assim não seja!
Afinal, quem pode dizer que retém as vantagens da Terra, com o
devido merecimento?
Se observamos homens e mulheres, despojados de qualquer
escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo,
tenhamos, ao revés, pena deles.
A palavra do Cristo é clara e insofismável.
- "Ajuntai tesouros no céu" - disse-nos o Senhor.
Isso quer dizer "acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna!"
Efêmera será sempre a galeria de evidência carnal.
Beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna
amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o
tempo transforma, infatigável.
Amealhemos bondade e cultura, compreensão e simpatia.
Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração nos
céus, porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos
apelos da Vida Superior.
Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria, porque amanhã serás visitado pela mão niveladora da morte e possuirás tão somente as qualidades nobres ou aviltantes que houveres instalado em ti mesmo.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

União e força

União e força
Quando duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome... Eu aí estarei! - Jesus.
* * *
Jesus, o grande Pastor de nossas almas, ovelhas carentes de amparo e proteção, afirmou que se nos reuníssemos em Seu nome, estaria conosco.
Não se referiu a nenhuma religião específica, posição social ou raça. Simplesmente disse que se as pessoas se reunissem em Seu nome, Ele ali estaria.
Assegurou que tudo o que pedíssemos ao Pai, em Seu nome, ele nos concederia. Basta que peçamos com desejo sincero no coração e com as mãos operosas na ação do bem.
Este é o momento de nos unirmos em pensamentos otimistas e fraternos, com vontade firme de mudar a paisagem da Pátria do Evangelho, chamada Brasil.
Rogar a Deus que ilumine as mentes e os corações dos governantes, para que possam tomar decisões acertadas em prol da sociedade.
Rogar a Deus pelos religiosos, para que estejam atentos à responsabilidade perante as leis que regem a vida, para que não desperdicem a oportunidade de conduzir a Deus seus fiéis.
Rogar pelos homens que fazem as leis, para que estejam sintonizados com a justiça, o amor e a verdade.
Rogar pelos enfermos do corpo e da alma, para que tenham forças e superem as dificuldades com coragem.
Pedir a Deus pelos criminosos para que eles possam se conscientizar da própria infelicidade e decidam retornar ao Pai que aguarda, amoroso, a volta dos filhos pródigos.
Lembrar também de pedir pelos demais países da Terra; pelos povos que se digladiam em nome de Deus; pelos que disputam o poder;
Pelos que alimentam as guerras, dizimando populações inteiras, pois todos esses se distanciaram do Criador.
Pedir que Deus envolva em Suas bênçãos as pessoas de boa vontade, a fim de que prossigam trabalhando no bem, seja no campo das ciências, das artes, da religião, seja no que for.
É tempo de derrubarmos os muros que nos separam uns dos outros. Muros erguidos em nome de uma maneira diferente de entender Deus e lhe devotar culto.
É hora de percebermos o que é bom e nos apoiarmos mutuamente.
Afinal, o bem é sempre o bem, e não deixará de ser porque é praticado por pessoas de religião diversa da nossa.
Quem é que, tendo o mínimo de sensibilidade, não se comoveu vendo o Papa João Paulo II, visivelmente enfermo, viajando pela Terra inteira?
De igual forma, quem não se comove ao ver Divaldo Pereira Franco, o orador espírita, percorrer o mundo, embora os problemas de saúde e a idade que ultrapassa os noventa anos?
Esses homens, com serenidade no olhar, e esforços para vencer as próprias limitações, buscam sensibilizar o seu rebanho para a valorização da vida; o fortalecimento dos laços de família; o respeito às leis de Deus.
Vale a pena meditarmos sobre essas importantes questões, lembrando Jesus ao afirmar que um dia haverá um só rebanho, sob a égide de um só pastor.
E, como Ele próprio afirmou, nenhuma das Suas ovelhas se perderá.
Suas ovelhas somos todos nós, habitantes dos dois planos da vida: da Espiritualidade e desta morada do Pai, a que chamamos Terra.
Redação do Momento Espírita.

105 - Paz do mundo e paz do Cristo

105 - Paz do mundo e paz do Cristo


 
"A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá." - Jesus (João, 14:27).
 
É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.
 
A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento.
 
A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.
 
O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.
 
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
 
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
 
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

Emmanuel 

Emmanuel / Chico Xavier 
Livro : Vinha de Luz